25/11/13

Às vezes somos felizes, mesmo sem o saber.

Às vezes somos felizes, mesmo sem o saber.

Talvez se lembrarmos que ser feliz não é ter um céu sem tempestades, nem caminhos sem acidentes, nem trabalho sem cansaço e fadiga, nem relacionamentos sem decepções, descubramos que somos felizes.
E que não sabíamos.
Sim, ser feliz é encontrar força no perdão, esperança nas batalhas, segurança no palco das dúvidas e do medo e do amor, até mesmo, nos desencontros.
Ser feliz não é apenas valorizar o sorriso, mas meditar e refletir sobre a tristeza.
Não é apenas comemorar o sucesso, mas aprender lições nos fracassos, decepções
e nos percalços que encontramos diante de nós.

Ser feliz não é uma fatalidade do destino, mas uma conquista de quem sabe viajar
para um mundo que, também, existe dentro de si próprio.

É atravessar desertos fora de si, sendo capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos e das emoções e sensações
vividas e sentidas.

É beijar os filhos, curtir os pais e ter momentos poéticos com os amigos,
mesmo que eles, eventualmente, nos magoem.

Ser feliz é deixar viver a criança livre, alegre, natural e simples, que mora dentro de cada um de nós.
É ter maturidade para falar "EU ERREI".
É ter ousadia para dizer "PERDOA-ME".
É ter sensibilidade para expressar "EU PRECISO DE TI".
É ter capacidade de dizer "EU AMO-TE".

E descobrir que:
Ser feliz não é ter uma vida perfeita
É deixar de ser vítima dos problemas, e se tornar um autor da própria história.

É agradecer a Deus, a cada manhã, pelo milagre da vida.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um "não".
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
É desejar lutar para que a vida se torne um canteiro de motivações e de oportunidades.
E que no inverno e no outono, e não apenas nas primaveras e nos verões, cada um de nós seja amante da alegria.

Que aconteça o que acontecer sejamos amigos da sabedoria.
E, que quando errarmos o caminho, possamos ter força e energia para recomeçar tudo de novo.
Pois só assim, seremos, cada vez mais, apaixonados pela vida.
E descobriremos que para ser feliz, temos que usar as lágrimas para irrigar a tolerância.
E usar as perdas para refinar a paciência.
Usar as falhas para esculpir a serenidade.
Usar a dor para lapidar o prazer.
Usar os obstáculos para abrir as janelas e as sendas da inteligência.
Jamais desistindo de nós mesmos.
Jamais desistindo das pessoas a quem queremos e amamos.
Jamais desistindo de ver em nossas vidas um espetáculo imperdível.
E não apenas tendo júbilo nos aplausos, mas encontrando alegria no anonimato.
Sim, ser feliz é reconhecer que vale a pena viver a vida, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Pois todos nós podemos ter defeitos, viver ansiosos e ficar irritados, algumas vezes,
mas, mesmo diante de tudo isso, não podemos nos esquecer que a nossa vida é a maior empresa do mundo.

E que somente nós podemos evitar que ela vá à falência.
Não esquecendo que perto ou distante de nós, muitas são as pessoas que precisam.
E que nos admiram e torcem por nós.

E que tudo isso se chama FELICIDADE.

Autor: Roberto Romanelli Maia


Summer 2013 @ S.Martinho do Porto

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